Thursday, January 19, 2012

Batalhas de Lagos - 1693 e 1759


Battle of Lagos por Théodore Grudin
A batalha naval de Lagos de 1693, inscrita na guerra dos nove anos, foi travada em 27-06-1693, tendo a armada francesa de Tourville derrotado a armada Anglo-Holandesa comandada por George Rooke. Ver artigo na wikipédia.
Battle of Lagos por Francis Swaine
A batalha naval de Lagos de 1759, inscrita na guerra dos sete anos, foi travada de 18 a 19-08-1759, nas costas de Espanha e Portugal. A esquadra inglesa comandada por Edward Boscawen, derrotou a esquadra francesa comandada por La Clue, incluindo a captura e bombardeamento dos quatro navios frances que se refugiaram nas águas neutrais portuguesas, entre Lagos e Sagres. Os navios Océan e Redoutáble foram bombardeados na Boca do Rio na Salema e Zavial. Ver artigo na wikipédia e aqui.

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Monday, January 09, 2012

Aeródromo Brig. Costa Franco - 1965


"Os Pilotos Srs. Vaz Pinto, Engº Jorge Canelas e Dr. Lourenço de Almeida, todos proprietários de aviões de turismo, com interesses ligados à terra algarvia, apaixonados das claridades desse litoral, decidiram-se há tempos a arranjar um pequeno aeródromo para ali poderem aterrar com os seus aviões - o que fizeram, juntando esforços. Quis a roda caprichosa da fortuna que o actual Presidente da Câmara de Lagos, brigadeiro Costa Franco, fosse um antigo piloto da Aviação Militar e a partir daqui começou-se a entrever um horizonte mais largo. A iniciativa passava então para o campo do interesse público e natural seria que a Direcção Geral da Aeronáutica Civil contribuisse com o seu auxilio, como de facto veio a suceder. Tudo isto, claro está, leva o seu tempo e exige trabalhos e dedicações. Mas os algarvios não são menos dedicados à sua terra que os transmontanos, os beirões, ou os estremenhos... e assim o Aeródromo de Turismo de Lagos se transformou numa realidade...
O aeródromo, construído no sítio do Paúl, a dois quilómetros de Lagos, importou aproximadamente em trezentos contos, tendo a Câmara local e a DGAC, contribuído para o efeito. A zona de aterragem consta de uma pista de 540 metros, devidamente sinalizada. O campo dispõe de manga indicadora de direcção do vento. A meio comprimento e ligado à pista por um pequeno acesso, encontra-se um coberto tipo «tropical», que desempenha perfeitamente o seu papel de abrigo contra o sol, para aviões, pilotos e automóveis." ... "Tivemos a oportunidade de contactar com o Sr. João A. Veloso, Director do Aeródromo de Lagos e, de facto, indo ao encontro do que pensávamos está prevista uma série de melhoramentos, que se espera ir cumprindo gradualmente - hangar, bomba de reabastecimento e aumento da pista. A seu tempo será encarada a formação de um Aeroclube, local ou regional, ou se tal não for viável, apenas uma delegação do Aeroclube de Portugal. ..
Para a festa da inauguração foi elaborado o seguinte programa:
10:00-12:00 - Aterragem dos aviões
12:05 - Benção do Aeródromo pelo Rev. Padre Julio T. Mendes
13:00 - Almoço na Adega Cooperativa de Lagos
15:45 - Sessão de acrobacia por um avião T-37 da Força Aérea
16:00 - Sessão de acrobacia por um avião Tiger Moth do AeCP
16:00 - Sessão de acrobacia em planador
16:40 - Demonstração das possibilidades de um avião DO-27
17:00 - Fim do Festival
17:15 - Inicio das descolagens dos aviões para o regresso.
Às 12:30 de domingo, 16 de Maio 1965, contavam-se vinte e três aviões entre unidades de dos diferentes Aeroclubes, da Força Aérea e particulares. transporte de pilotos - que fazem já parte de uma "familia" - e de entidades oficiais também muito afectas já a estasreuniões. Apontamos alguns nomes: Os Snrs brigadeiro Fernando de Oliveira, Presidente do Aeroclube de Portugal, Joaquim Ferreira de Matos, Secretário do mesmo Clube, coronel Santos Júnior, do Aeroclube do Porto, ten-coronel Joaquim Cerqueira, 2º Comandante do Depósito de Material da Força Aérea, Engº António de Aguiar, representando o Sr. Diractor Geral da Aeronáutica Civil, Engº António Viçoso e piloto Carlos Tavares, igualmente da DGAC Jorge Vargas, «Serra», Mário Velez, Walter Cudell e esposa, Abílio Matos, conde de Monte Real, António Maia e muitos outros.

A cerimonia inaugural teve inicio cerca do meio-dia, com o descerrramento de uma placa com a inscrição "Aerodromo Brigadeiro Costa Franco". O Sr. João Veloso proferiu algumas palavaras alusivas e enalteceu os esforços desenvolvidos por aquele oficial, após o que o Rev. Padre Tropa Mendes benzeu o campo de aviação. Em seguida, convidados e anfitriões, reuniram-se em Lagos num almoço, que decorreu no meio da maior satisfação e camaradagem. Entre outros, discursaram os Srs brigadeiro Fernando de Oliveira e engº Antonio de Aguiar. O Sr. brigadeiro Costa Franco encerrou os discursos agradecendo a presença de todos e os auxilios recebidos das entidades oficiais ali representadas.
Estando a programa a decorrer muito certo, iniciou-se o festival aéreo com uma sessão de acobracias em "T-37", pilotado pelo tenente Retorta, da Base Aérea 1. «Loopings» «tonneaux», e passagens em voo a rasar, entre outras figuras, entusiasmaram a assistência. Este número a acabar e Jorge Vargas pronto a subir, com o velho «Tiger» azul e branco do Aeroclube. Só um bom piloto como ele é, poderia tirar tanto efeito de um aparelho pouco indicado para a acobracia de exibição. Foi depois para o ar, a reboque do «Auster ANB», o planador «Mucha Standard» pilotado pelo Dr. João Cardoso Fernandes.
O público admirou as linhas graciosas do veleiro e ficou surpreendido com as manobras acrobáticas - poucas seriam as pessoas que já haviam visto um avião sem motor e, em especial, a fazer acrobacia. As qualidades do «Mucha» permitiram, depois de largado a 700 metros, a execução de numerosos «loopings» e «renversements», e a bonita passagem final a baixa altitude, com vento de cauda, na ordem dos 200 km à hora... Finalmente, um «Dornier» da FAP, tripulado pelo sargento Figueiredo, fez uma demonstração de descolagens e aterragens curtas, e subida em espiral apertada, que deixou a «rapaziada» dos «papagaios» com a pulsação muito alta ... Taças entregues aos pilotos que fizeram o «show», mais fotografias, poses para a TV, e ... começa a debandada. Malas, casacos, taças e mapas para dentro dos aviões que descolam rumo aos seus destinos. Lá vai também, envolto na nuvem de pó levantada pelo rebocador, o veleiro «Mucha» que, quinze quilometros mais adiante teria de fazer uma aterragem de recurso por se ter solto o cabo de reboque ... A Jorge Vargas sucede igualmente um percalço, tendo de aterrar em emergência no Aeródromo de Sines; Antonio Mendes, com o seu «AKS», fez a repescagem do piloto. Mais acidentada foi a aventura do «Mucha» mas essa fica para contar noutra ocasião ..."  Da Revista do Ar de Maio 1965, sobre a inauguração do Aeródromo de Lagos.

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Monday, January 02, 2012

Kermesse em Lagos - 1917

«O vapor Galgo, que anda em serviço de vigilancia na costa do Algarve, apesar de pequeno, já tem prestado grandes serviços chegando até a disparar alguns tiros sobre um submarino alemão. É seu comandante o primeiro tenente sr. Alberto Carlos dos Santos, capitão do porto de Lagos, um dos nossos oficiaes mais ilustrados e disciplinadores. Foi ele o presidente da comissão de oficiaes que promveu a kermesse, que uma das nossas gravuras representa, em favor dos soldados mobilisados do regimento de infantaria ali aquartelado. À sua gentileza devemos o ter ido no Galgo até Sagres o nosso estimado colaborador sr. Antonio C. dos Santos, que pôde, assim, tirar os interessantes clichés que hoje reproduzimos.»

O caça-minas inglez Algenib eo submarino francez Papin (Cliché tirado na praia da Balieira, Sagres)

O vapor portuguez Galgo que anda em vigilancia nas costas.

O caça-minas inglez fundeado na bahia de Sagres

Barco inglez automovel em vigilancia na costa (Cliché tirado de bordo do Galgo).

Grupo da guarnição do vapor Galgo, tirado a bordo, vendo-se de pé no ultimo plano o seu comandante, 1º tenente, sr. Alberto Carlos dos Santos.

O submarino francez, fundeado na bhaia de Sagres.

O cruzador de lona, que figurou como barraca n'uma kermesse realisada em Lagos em beneficio das familias dos soldados mobilisados. (Clichés do distinto fotógrafo sr. António C. dos Santos, Lagos) Ilustração Portuguesa de 6 de Agosto de 1917

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Caminho de Ferro de Lagos - 1914


"Chegou finalmente o caminho de ferro a Lagos, um dos melhores pontos de Portugal e de largo futuro, como toda a provincia do Algarve, que tem otimas condições naturaes para ser um grande centro de turismo. Está também assente, depois de longa discussão sobre as conveniencias do logar, onde se deve construir a estação da cidade. A estação já começou e proseguem com toda a regularidade os trabalhos, sendo de esperar que em breve esteja construida. Lagos, ligado ao resto do paiz pelo caminho de ferro, não tardará a tornar-se um emporio comercial importantissimo". Ilustração Portuguesa II Série - Nº 426 -página 501 - Lisboa 20 de Abril de 1914.

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Sunday, January 01, 2012

Igreja Sta Maria em Lagos - 1922


«A igreja de Santa Maria em Lagos é uma das mais lindas igrejas do Algarve, das mais pitorescas, das mais alegres e simples. É bem assim a casa de Deus, uma casa humilde e risonha. É na igreja de Santa Maria que está a Senhora da Piedade, a imagem por quem tem um grande culto a população marítima de Lagos. É a imagem querida dos pescadores, aquela que os protege no mar, que é melhor empenho para o céu, o empenho a que recorrem todas as noivas, todas as mães, todas as irmãs. Correm muitas versões sobre a origem da imagem da Senhora da Pidedade. A mais verdadeira, ao que parece, é aquela que diz ter sido trasida para Lagos por uns pescadores italianos. A imagem é obra dum bom santeiro. Há nela toda a ingenuidade, toda a ternura de quem sente a vida atravez de Deus.»
Ilusração Portuguesa de 18 de Fevereiro de 1922

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Levante (Bahia de Lagos) - 1912


«Vêr os quadros de Falcão Trigoso é vêr a paixão algarvia, as suas ribas do mar, o seu sol mais luminoso e quente em céu muito azul; é ver a vaga melancolia suave, languida que por aquele país se respira, mais acentuada no seu quadro Algarve triste ou no As Ultimas Folhas. Qual dos vinte quadros expostos, melhor se ha-de apreciar se todos éles têm qualidades que se impõem desde o Benza-te Deus... Diabo! amendoeiras e alfarrobeiras carregadas de flôr, que um pobre velho contempla admirado, até ao Levante, um bélo trecho da bahia de Lagos.» Revista Occidente de 10 de Abril de 1912

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A Esquadra Ingleza em Lagos - 1923


«No medalhão - Escaler conduzindo inglezes para terra; Em Cima - Um episodio da luta de tracçao entre inglezes; À esquerda - Jogadores do «foot-baal», portuguezes e inglezes»
Ilustração Portuguesa de 17 Fevereiro 1923

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A velha ponte da estação de Lagos - 1923


«Possue, Lagos, a melhor estação da linha ferrea do Sul - uma estação quasi luxuosa - e, contudo, a dar-lhe acesso, continua em serviço uma ponte de madeira tôsca, construida quando do tempo da construção do ramal, evidentemente a titulo provisório, mas a que a nossa inércia e desmazelo deu foros de definitiva. Torna ainda mais imperdoavel esse desleixo a circunstancia de já existirem montados os encontros de alvenaria da nova ponte - e isto há uma boa meia duzia de anos! Para que mais comentarios, o contraste que ressalta das dua gravuras que publicamos fala por si!...» Ilustração Portuguesa de 24 de Fevereiro de 1923

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